ECOS URBANOS
Alex Orsetti, Amanda Pankill, André Filur, Bela Gregório, Ícaro Esteves, Leo Dellafuente, Lourenço di Gambá, Lu Gancho, Luiz 83 e Paulo O’meira
Curadoria: Alexandra Ungern e Isabel Villalba
Abertura: 28/05
Período expositivo: 31/05 à 16/07/2022
Com muito orgulho apresentamos Ecos Urbanos, uma exposição comemorativa do Ateliê Alê com a participação dos artistas do Projeto Portão, que impulsionou o Ateliê na sua formação. A dez anos atrás começamos a convidar artistas para intervenções em graffiti no nosso portão de rolo de aço que dava entrada ao espaço, então localizado em Santo Amaro. Artista após artista foram apresentando sua arte, inicialmente sempre deixando o rastro do artista anterior, um detalhe, um desenho, desta forma a nova obra conversava com a que outrora estava ali. O Projeto Portão contaminou também as paredes internas do Ateliê, onde uma obra era desenvolvida pelo mesmo artista e assim por diante. A partir daí, não paramos de nos encantar com essas parcerias dentro e fora do Ateliê, trazendo a arte de fora para dentro e de dentro para fora.
Esse encantamento não acontece somente conosco. Somos testemunhas da curiosidade e alegria que o processo da pintura provoca nas pessoas que passam enquanto os artistas trabalham. O graffiti como arte de rua, efêmero e dinâmico utiliza como suporte a arquitetura que a cidade oferece: portões, muros, empenas dos prédios. O entendemos como uma forma de comunicação que através de desenhos, letras, símbolos e cores, dão vazão às inquietações do artista em relação ao seu entorno urbano.
A lata de tinta spray, stencil, pincel são instrumentos utilizados para alcançar soluções plásticas que permitem a fruição estética dos habitantes da cidade. Assim o graffiti é uma arte que vibra a céu aberto.
Os artistas, Alex Orsetti, Amanda Pankill, André Filur, Bela Gregório, Ícaro Esteves, Leo Dellafuente, Lourenço di Gambá, Lu Gancho, Luiz 83 e Paulo O’Meira; participantes desta exposição, nos acompanharam nestes dez anos desenvolvendo seu trabalho em várias linguagens :pinturas, esculturas e desenhos, ampliando e enriquecendo seu repertório.
O circuito artístico procurou conquistar um espaço de criação, estabilidade emocional e financeira durante dois anos de incerteza, medo e ansiedade em meio a crise que assolou o mundo. Portanto é um bom momento para celebrar a resistência do Ateliê Ale e artistas parceiros.
Em 2021 o Ateliê Alê mudou-se para o bairro do Brooklin, mas continua com a mesma proposta de abraçar a arte urbana, dar lugar para outras formas de arte emergente e projetos curatoriais. Da mesma forma, estamos comprometidos a incentivar possibilidades artísticas e contribuir para a formação cultural dos passantes e dos artistas que ali circulam.
Obrigada a todos os artistas, curadores, colaboradores, parceiros e a nossa equipe de mulheres maravilhosas que personificam o espaço com seus múltiplos talentos.
Alexandra Ungern e Isabel Villalba