Tiago Marchitiello

Tiago Marchitiello
junho 6, 2017 zweiarts

Tiago Marchitiello

Durante a minha residência, tive  a oportunidade de compartilhar ideias, e é impressionante como as ideias se organizam quando as discutimos em voz alta.

O meu trabalho é uma síntese de um mundo particular e durante estes três meses, tive lampejos destes pensamentos, que acabaram se tornando uma série de pinturas.

Trabalhando sobre o negrume e com a penumbra, os sentidos se modificam, a mente não foca mais em pequenos detalhes ou no senso estético, a integração do ser a atividade se torna deliberada e focada. Não existe certo e errado, existe entrega.

No momento que acendo as luzes, tenho a sensação de que a obra não é minha, mas vejo o manuseio condicionado de minhas mãos em sua superfície. Logo, este trabalho me pertence, e meus pensamentos estão nele presentes mesmo que sem controle.

Não somos livres para não ser livres, assim como a vida o trabalho ganha um significado com o observador.

Como diria Sartre.

“Se a vida não tem, à partida um sentido determinado, não podemos evitar criar um sentido para a vida.’
Tiago Marchitiello , Junho 2017